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terça-feira, 3 de abril de 2012

Vírus criado geneticamente pode matar células cancerosas

A última coisa de que alguém precisa é de uma infecção viral – a menos que tenha câncer.
As células cancerosas se multiplicam desordenadamente, pressionando os órgãos e causando tumores, complicações que evoluem progressivamente e podem matar. Mas tanta agressividade tem um preço: as células cancerosas não são tão eficientes no combate a infecções virais. Teoricamente, um vírus é capaz de matar apenas células cancerosas, sem causar danos ao paciente.
Um interessante artigo de Rachel Nuwer,  publicado no New York Times, descreve os esforços médicos para modificar os vírus na luta contra o câncer.
As pesquisas remontam a 1951, quando uma criança de quatro anos com leucemia contraiu catapora. O câncer entrou em remissão, mas assim que se curou da catapora, houve uma recidiva e a criança faleceu.
Ao longo da história, alguns médicos tentaram aproveitar o fenômeno em prol dos pacientes, mas tais esforços fracassaram e, na década de 1960, o foco das pesquisas voltou-se para outros tratamentos.
Entretanto, muitas coisas aconteceram desde então. A ciência médica avançou a passos largos, assim como a compreensão da genética e dos mecanismos dos vírus e do câncer. Talvez não esteja longe o dia em que vírus feitos “sob medida” serão capazes de curar algumas formas de câncer.
Robert Martuza, neurocirurgião-chefe do Hospital Geral de Massachusetts e professor de neurociência da Escola de Medicina de Harvard, começou a pesquisar o vírus herpes simplex, ou HSV-1, como um instrumento de combate ao câncer em 1991. Ele extraiu alguns genes do vírus e os injetou em ratos com câncer cerebral. Embora o câncer tenha entrado em remissão, a maioria dos ratos morreu de encefalite.
Em 1990, Bernard Roizman, virologista da Universidade de Chicago, descobriu um gene do vírus da herpes que, quando removido, impedia que o vírus passasse pelas defesas das células saudáveis, mas não das cancerosas. Isso desacelerou o crescimento das células defeituosas, mas não as matou.
Seis anos depois, Ian Mohr, virologista da Universidade de Nova York, encontrou uma forma de alterar o vírus modificado por Roizman. Sua versão conseguiu evitar o ataque do sistema imunológico e é mais eficaz no combate às células cancerosas.
O vírus da herpes não é o único a ser recrutado para o exército anti-câncer. O vírus da varíola bovina, que já foi utilizado na imunização contra a varíola humana, agora é testado contra algumas formas de câncer. Até o momento, os resultados são promissores, ampliando o tempo de sobrevida em um dos grupos de pacientes. Outros vírus estão sendo utilizados no combate a melanomas e ao câncer de bexiga, cérebro e pescoço.
Mas ainda não é hora de comemorar. Como mostram os testes em pacientes com câncer no fígado, aumentar a expectativa de vida não é o mesmo que curar, e cada câncer tem características diferentes. Dificilmente os pesquisadores encontrarão uma bala mágica que extermine todos eles. Gary Hayward, virologista do Programa de Pesquisa do Vírus da Herpes da Faculdade de Medicina Johns Hopkins, declarou ao New York Times que os progressos provavelmente serão gradativos – como o foram nas últimas décadas.
Ainda assim, uma nova arma é sempre bem-vinda, e mais um passo para transformar o câncer em uma doença curável.
Fonte: Discovery Brasil

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